Minutos após ter sido solto, em palanque armado nesta sexta-feira (8) diante da sede da Polícia Federal em Curitiba, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um discurso de forte ataque à Operação Lava Jato e a setores do Judiciário.
Em uma fala de 16 minutos, o petista falou em “safadeza” e “canalhice” do que chamou de “lado podre” do Ministério Público Federal, da Polícia Federal, da Justiça e da Receita Federal. Setores que, segundo ele, trabalharam para criminalizar a esquerda, o PT e o próprio Lula.
“Vocês eram o alimento da democracia que eu precisava para resistir à safadeza e à canalhice que um lado podre do Estado brasileiro fez comigo e com a sociedade brasileira”, disse o ex-presidente à militância. Ele deve fazer um novo discurso em São Bernardo (SP) neste sábado (9).
“O lado podre da Justiça, o lado podre do Ministério Público, o lado podre da Polícia Federal e o lado podre da Receita Federal trabalharam para tentar criminalizar a esquerda, criminalizar o PT, criminalizar o Lula.”
O ex-presidente também atacou o ex-juiz Sergio Moro, hoje ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PSL), e o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.
“Eu saio daqui sem ódio. Aos 74 anos meu coração só tem espaço para amor porque é o amor que vai vencer neste país”, disse, diante dos militantes presentes. Um dos momentos mais aplaudidos foi quando Lula beijou sua namorada, a socióloga Rosangela da Silva, a Janja.
“As portas do Brasil estarão abertas para que eu possa percorrer este país”, disse o petista, que criticou a situação do desemprego do país e se referiu a Bolsonaro como mentiroso em redes sociais.
Leave a Reply