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Absurdo.hospitais de campanha do Rio já apresentam sinais de deterioração

Absurdo.hospitais de campanha do Rio já apresentam sinais de deterioração

No centro de uma investigação sobre desvios de recursos na Saúde do Rio, sete hospitais de campanha — cinco deles ainda em construção —, foram reprovados em vistorias da Comissão de Fiscalização de Gastos no Combate à Covid-19 da Assembleia Legislativa. Ontem, quando o ex-secretário Edmar Santos faltou a depoimento marcado na Casa, o Legislativo divulgou um relatório com críticas à falta de transparência do governo estadual sobre a aplicação dos R$ 256 milhões já pagos à Organização Social Iabas, responsável pelas obras e depois afastada dos trabalhos. O documento apontou indícios de que os hospitais que ainda não foram entregues estão muito longe de ficarem prontos — alguns já apresentam sinais de deterioração antes de terem aberto as portas.

Os problemas acontecem no momento em que o estado atinge 103,5 mil casos do novo coronavírus, com 9.295 mortes. Ontem, foram confirmados mais 2.624 infectados e 142 óbitos em 24 horas. Apesar de os números preocuparem, a unidade de Duque de Caxias, por exemplo, cuja inauguração já foi adiada três vezes, permanece fechada. No dia da visita, em 1º de junho, só estava erguida a lona. Equipamentos estavam amontoados na tenda principal, embaixo de goteiras.

A situação não é muito diferente do hospital de campanha de Nova Iguaçu, cuja inauguração foi adiada três vezes. Os deputados estiveram lá em 29 de maio, uma das datas anunciadas como de abertura, mas encontraram um cenário que não lembrava uma unidade de saúde. “Havia um verdadeiro canteiro de obras no entorno das tendas. Retroescavadeiras cavavam a rede de esgoto e auxiliavam o preparo da pavimentação do local. Toda a parte de saneamento estava incompleta”, diz um trecho do relatório. Até hoje, o local está fechado.

Goteiras até no CTI

O hospital de Nova Friburgo, que teve três datas para inauguração anunciadas, foi vistoriado no dia 11 de junho. Na visita, o grupo constatou que o local está com a parte da estrutura adiantada, inclusive com sistema de esgoto e de rede de gás. Mas “não possui leitos nem equipamentos, nem climatização interna, o que gera goteiras dentro da unidade, inclusive na área do CTI”. Os responsáveis pela obra, segundo o relatório, garantiram que a climatização amenizará o problema.

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