Um grupo de seis médicos, que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ingressaram com uma representação junto ao Conselho Federal de Medicina (CFM) contra o senador Otto Alencar (PSD/BA). No documento, os profissionais pedem a abertura de sindicâncias e processos administrativos disciplinares contra o senador, que também é médico.
O grupo de médicos alega que o parlamentar baiano incorreu em faltas disciplinares durante a inquirição à médica oncologista e imunologista Nise Yamaguchi durante a sessão da CPI da Covid no Senado, na terça-feira, 1.
A representação cita “inverdades” na fala do senador ao inquirir Nise Yamaguchi, que é favorável ao uso de hidroxicloroquina para tratar a Covid em estágios iniciais. Os médicos também citam que o parlamentar agiu para constranger a oncologista, ao “não permitir” que ela respondesse de maneira adequada aos questionamentos feitos a ela durante arguição na CPI.
Por fim, o documento em defesa de Nise Yamaguche assinado pelos médicos Flávio José Dantas de Oliveira, José Cavalcante Monteiro, Carlos Antônio Dantas de Oliveira, Hélio Teixeira, Luiz Gonzaga Dantas de Oliveira e Evandro Guimarães de Sousa, expõe o “desagravo coletivo aos médicos que usam responsavelmente drogas reposicionadas para o tratamento da Covid-19”.
Otto já é alvo da ação de militantes digitais bolsonaristas e também de parlamentares que apoiam o presidente da República, Jair Bolsonaro.