O Núcleo Permanente de Incentivo à Autocomposição (Nupia), da Procuradoria-Geral do Ministério Público do Trabalho, atendeu à solicitação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), filiada à CUT, de instaurar mediação para tratar do programa de reestruturação do Banco do Brasil, que implicará em fechamento de mais de 300 agências e possível desligamento de cerca de cinco mil trabalhadores.
Após três rodadas de negociação, o banco solicitou que o MPT convidasse outras entidades de representação dos bancários, não filiadas à Contraf, a fim de se dar tratamento geral e uniforme à matéria. Um dos pontos centrais é a retirada da gratificação de caixas. Atendendo à solicitação do Banco do Brasil, a Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (Contec) e os sindicatos (independentes) de bancários de Bauru, Rio Grande do Norte e Maranhão passaram a integrar a mediação. Todavia, as representações profissionais não acataram a proposta do banco, porque, a seu ver, deixavam intactos os termos da reestruturação e não asseguravam garantias nem proteção aos trabalhadores. O banco explicou a necessidade de modernização, para assegurar a competitividade no setor econômico.
Entidades sindicais estão em estado de greve, com movimento paredista nacional previsto para esta quarta-feira (10).
Não havendo acordo, a mediação foi encerrada, sem prejuízo de as partes reatarem tratativas diretas entre si ou de eventual reabertura de mediação se qualquer dos interessados voltar a provocar o NUPIA/MPT.