O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu prazo para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre o relatório da Polícia Federal, enviado à Corte, em que a delegada Lorena Lima Nascimento pede autorização para formalizar o indicamento do presidente Jair Bolsonaro (PL).
A delegada aponta indícios de crime cometido pelo chefe do Executivo ao propagar informações enganosas sobre a associação entre vacinação e infecção pela Aids.
O despacho é de quarta-feira (17/8), mas só foi incluído no sistema do STF nesta sexta (19/8). Na ocasião, a PF também requisitou ao ministro autorização para tomar o depoimento de Bolsonaro (PL).
Em uma “hipótese criminal preliminar”, os investigadores afirmam, em argumentação endereçada a Moraes, que “o presidente Jair Bolsonaro (…) teria supostamente disseminado desinformações na pandemia (fake News), ao afirmar que ‘relatórios do governo do Reino Unido mostram que pessoas totalmente vacinadas contra a Covid-19 estariam desenvolvendo Aids muito mais rápido que o previsto’”.