Políticos investigados por suspeita de corrupção têm abastecido o caixa do PL com generosas doações feitas ao partido controlado por Valdemar Costa Neto e escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para disputar a reeleição.
O caso mais notório é o do deputado Josimar Maranhãozinho, do PL do Maranhão. Investigado por suposto desvio de verbas federais destinadas à área da saúde e suspeito de liderar um esquema de negociação de emendas parlamentares, ele já transferiu R$ 472 mil para a conta do diretório nacional do partido nos últimos três anos.
Só no ano passado foram R$ 144,8 mil. A mulher dele, a deputada estadual Maria Deusdete, conhecida pelo apelido de Detinha, e o irmão Aldir Rodrigues, vereador em São Luís, também fizeram doações ao partido de R$ 20 mil e R$ 40 mil, respectivamente.
No fim de 2021, a Polícia Federal fez uma operação de busca e apreensão em endereços ligados a Maranhãozinho e apontou no inquérito provas de que o deputado do PL cometeu os crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O caso tramita no Supremo Tribunal Federal.