Home Destaque PC vê indícios de que esquema do ‘faraó dos bitcoins’ lavava dinheiro para o tráfico de drogas

PC vê indícios de que esquema do ‘faraó dos bitcoins’ lavava dinheiro para o tráfico de drogas

PC vê indícios de que esquema do ‘faraó dos bitcoins’ lavava dinheiro para o tráfico de drogas

Uma investigação da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD), da Polícia Civil do Rio, cita “robustos indícios” de que Glaidson Acácio dos Santos, o “faraó dos bitcoins’, preso sob a acusação de comandar um esquema de pirâmide financeira, pode estar ligado a outros crimes. No relatório elaborado pela especializada, ao qual o EXTRA teve acesso, os policiais responsáveis afirmam que “tudo indica” que as empresas ligadas ao ex-garçom citadas no inquérito “estão relacionadas a outros delitos antecedentes, tais como o tráfico de drogas”.

Os investigadores afirmam que as suspeitas são reforçadas por um episódio ocorrido em abril deste ano, quando a Polícia Federal (PF) apreendeu R$ 7 milhões em espécie em um helicóptero que sairia da Região dos Lagos em direção a São Paulo. O montante transportado por um casal pertencia à GAS Consultoria, empresa de Glaidson, que chegou a acionar a Justiça para reaver o valor.

“Cumpre informar que a presente apreensão do dinheiro pela Polícia Federal se deu através de uma investigação ligada ao tráfico de drogas, o que traz robustos indícios de que o presente esquema criminoso Ponzi, encabeçado pelo principal alvo Glaidson, é utilizado como uma forma de lavagem de dinheiro para diversos outros delitos”, atesta o relatório em um trecho um pouco mais à frente.

 

A possibilidade de que pessoas ligadas ao ex-garçom estivessem ligadas ao tráfico de drogas já havia sido mencionada no relatório da Operação Kryptos, desencadeada pela PF e o Ministério Público Federal (MPF) no dia 25 de agosto e responsável pela prisão de Glaidson. Na ocasião, os investigadores federais mencionaram uma transferência de R$ 5 milhões feita por um corretor de imóveis para a conta da GAS Consultoria, justificada por ele na declaração de Imposto de Renda como “um empréstimo para a empresa”.