Um estudo feito por pesquisadores americanos e publicado na revista Nature Aging mostrou que a restrição alimentar pode retardar o envelhecimento e prolongar os dias de vida das pessoas.
Chamado de CALERIE, o estudo foi projetado para avaliar o impacto da restrição da ingestão calórica de 25% ao longo de dois anos entre indivíduos adultos saudáveis com índice de massa corporal menor que 27 (ou seja, pessoas que estão entre o peso ideal e um leve sobrepeso). Participaram a pesquisa homens de 21 anos a 50 anos e mulheres de 21 a 47 anos, incluindo aquelas na pré-menopausa.
O estudo foi conduzido em três centros clínicos nos Estados Unidos e incluiu 220 adultos não obesos, randomizados em uma proporção de 2 para 1 para dietas de restrição calórica de 25% (intervenção) e dietas controle por dois anos.
Para medir o envelhecimento biológico nos participantes do estudo, os pesquisadores analisaram amostras de sangue coletadas dos participantes do estudo antes do início da intervenção alimentar e após 12 e 24 meses de acompanhamento.
“Os seres humanos vivem muito tempo, então não é prático acompanhá-los até que vejamos diferenças nas doenças relacionadas ao envelhecimento ou na sobrevivência. Em vez disso, contamos com biomarcadores desenvolvidos para medir o ritmo e o progresso do envelhecimento biológico ao longo do estudo”, explicou o principal autor do estudo Daniel Belsky, professor associado de epidemiologia na Columbia Mailman School e cientista do Columbia’s Butler Aging Center, em comunicado.