O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou o ex-ministro da Educação e da Casa Civil, Aloizio Mercadante, como o próximo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Para Cristina Helena de Mello, professora de economia da ESPM, o banco é um órgão estratégico para o desenho da política econômica brasileira.
Segundo a especialista, a experiência de governos anteriores mostram que o papel do BNDES pode ir além do que é desempenhado atualmente. “A atuação do banco nos governos Lula e Dilma foram fortemente criticados por apoiar empresas nacionais como JBS, OGX, OI, entre outras, e por sua discricionariedade. Uma alternativa de atuação, menos intervencionista e mais direcionadora, como foi as ações do banco na década de 90, no sentido de financiar a infra-estrutura e a exportação que compuseram o IBRX. O indicador de desempenho médio das cotações dos ativos de maior negociabilidade e representatividade do mercado de ações brasileiro. Essas ações permitiram novas emissões a capitalização via mercado acionário. Portanto, a questão que se coloca parece estar mais associada à forma de atuação e não relacionada à essência desenvolvimentista”, afirma.